quarta-feira, 23 de outubro de 2013

às compras

Estou aqui no vestiário a experimentar umas calças. Ao lado, uma senhora está a experimentar, também, pelos vistos, umas calças e a falar ao telefone com uma amiga:
".... pois, mas eu até gosto muito das verdes com flores estampadas, mas o problema é que são muito óbvias e depois todas as pessoas vão perceber que as comprei aqui. Não quero que se saiba, percebes?!"
Eu até limpei os ouvidos a ver se estava a entender bem. Vesti-me rapidamente só para ver a cara da criatura. Espantem-se, ou não, para estar com esta conversa.  Tem um ar mais normal que eu e a roupa que tem vestida em nada tem aspecto grif. Parece daquelas moças que nasceram nas palhas e aspiram a ouro. Mas não conseguem passar do alumínio. E o alumínio está bem cotado no mercado.
Amiga, não é o que vestimos que nos faz parecer de outra carpete, mas sim como vestimos e a nossa atitude perante o que está vestido e o mundo.
E ficam a saber que, andam por aí umas calças verdes estampadas, por sinal bem giras, a fingirem que são de uma qualquer marca carérrima, mesmo que valha nada. 
Ah, e as minhas pretas. Tudo by Mo. A marca do Continente. (passo a publicidade).
Ele há com cada croma. Cresçam. 

4 comentários:

Cat disse...

Pois, não são as roupas que fazem as pessoas mas as pessoas que "fazem" as roupas.

D. disse...

Nem mais CaT. :)

Anônimo disse...

Tu é que devias crescer também e cuidar da tua vida. Uma pessoa que se veste as pressas para ter tempo de ver que cara é que estava a falar isso ao telemovel não é muito digna de criticar, pois parece-me tão infantil quanto.

D. disse...

Olha que já cá faltava um@ anónim@. Obrigada pela preocupação, mas eu cuido muito bem da minha vida.
Infantil? Pois talvez, mas infeliz é a pessoa que não tem um pouco de infantilidade em si.
Passar bem